Tom Hanks

31 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários
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Angelo Agostini

30 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários
Semana do Quadrinho Nacional

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Saiba mais sobre o autor do primeiro quadrinho Brasileiro, aqui.

E Feliz Dia do Quadrinho Nacional! =)

Off Topic: Da Direita pra Esquerda

29 de jan. de 2011 Postado por Fernando 2 comentários
Semana do Quadrinho Nacional

Eles são Goseki Kojima, Kazuo Koike e Norihiro Yagi.

Antes de saber quem era Ozamu Tezuka, o pai do mangá, ou mesmo conhecer os termos mangá ou animê, eu me divertia muito sentado no chão da sala da minha casa, comendo biscoito de maisena com chá mate gelado, assistindo O Garoto Biônico, A Princesa e o Cavaleiro, Judoca, Sawamú e outros “desenhos japoneses”. Bem antes da época dos “P2P's” eu tive a oportunidade de assistir uma fita de VHS lotada de episódios de Dragon Ball Z gravado em “EP” da televisão, que um amigo de um conhecido mandou do Japão. Mesmo sem entender nada eu achei aquilo maravilhoso. Era muito exótico, inclusive porque estava gravado também trechos dos intervalos comerciais. Aquela fita japonesa parecia ter vindo Vênus.

Acho que o material mais próximo de um mangá que eu tive nas mãos na minha infância foi o Robô Gigante do Watson Portella. E era sensacional. Fora isso, material oriental só na TV mesmo. Olha só que constatação vergonhosa. Sabe quando eu fui ler de verdade uma série inteira de mangá pela primeira vez. Uns três anos atrás. S-é-r-i-o!


Claro que lá por volta da virada do século eu já havia folheado alguns e me divertia por ter que lê-los de trás pra frente. A fita VHS parecia ser de Vênus, mas o mundo dos mangas realmente não era tão distante, estava lá em frente a padaria com o pequeno jornaleiro. Eu também tinha um amigo que colecionava “Love Hina” e outro que gostava dessas histórias de Mechas e tal. Comédia romântica e sci-fi não são meus gêneros favoritos, por isso acho que eu nunca me interessei em consumi-los. Um dia eu visitei um conhecido e vi na prateira de sua estante uma coleção inteira de um certo mangá. Se chamava O Lobo Solitário. Eu perguntei - O que é isso? Ele respondeu – A melhor coisa que eu já li. Quer emprestado? Eu disse - Sim!


Hoje quando eu falo de Lobo Solitário pra alguém, adivinha como eu o apresento? A melhor coisa que eu já li. Digo também que essa obra foi publicada originalmente nos anos 70 e foi escrita por Kazuo Koike e ilustrada a nanquim por Goseki Kojima. Só isso. Por que é tão boa? Eu não vou tentar explicar. Simplesmente leia. Você deve ler. =)


Depois de lê-la eu fiquei mais entusiasmado com esse gênero e como de costume, busquei algo mais. Como fã de RPG e coisas medievais, acabei um dia topando com um grupo de loiras magrinhas com espadas gigantes que caçavam monstros disfarçados de pessoas normais. Parece coisa de adolescente, né? Mas não é. Irônico, emocionante e dramático, o mangá Claymore, escrito e desenhado belissimamente por Norihiro Yagi é também o tipo de coisa que fica difícil fazer mais do que indicar.


O estilo de narrativa do mangá japonês é tão cativante que torna belas as histórias mais simples. Quando então ele apresenta também uma trama interessante, com personagem carismáticos, você não apenas lê uma história, você vive uma experiência fantástica que literalmente corre na contra-mão das leituras convencionais.

Off Topic: Arte com "A" maiúsculo

28 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários
Semana do Quadrinho Nacional

Eles são: Bill Bienkiewicz, Will Eisner e Scott McCloud

Na última postagem eu fiz uma brincadeira sobre os “heróis” que combatem a estigmatização das Hqs. Antes de tudo, eu quero enfatizar que não estou dizendo que HQs infantis são coisas ruins. Pelo contrário. Além da importância cultural e intelectual na formação dos pequenos (como tem sido feito também nas escolas), existem inúmeros tópicos importantes que poderiam ser destacados, por exemplo os aspectos econômicos e sociais. A briga de todo fã e profissional da área é referente a sub-utilização desse meio de comunicação, restringido ao público infanto-juvenil.

Por outro lado, hoje em dia as coisas estão bem diferentes de 5 anos atrás. Apesar de poucos, grandes passos tem sido dado para quebrar o preconceito com as HQs. Autores, jornalistas e empresários que entendem essa mídia estão se empenhando para conscientizar o povo de que uma boa estória, que pode ser lida em um livro ou assistida no cinema, também pode ser acompanhada em uma história em quadrinhos. Eu acho que as adaptações para o cinema de HQs de gêneros diferentes de super-heróis tem contribuído muito com a “causa”, assim como o destaque na mídia internacional de autores brasileiros também tem chamado a atenção da imprensa e inspirado o devido valor.

Lá fora, entre os anos 80 e 90 alguns autores decidiram explorar a fundo teorias, idéias e possibilidades sobre o formato dos quadrinhos e clamar em voz alta que quadrinhos não é entretenimento de gosto duvidoso, nem um gênero de livros infantis. É arte, mas também é literatura, e apesar de ser ambos, não é limitada por esses gêneros, ela tem suas próprias características que oferecem um modelo ímpar de comunicação, a chamada Arte Sequencial.

1985
Will Eisner publicou “Quadrinhos e Arte Sequencial”. Nesse livro, Eisner foi tão "topetudo" que mostrou caminhos novos e métodos inovadores de contar história em quadrinhos usando
como referência seus próprios trabalhos. O brilho dessa obra vem dessa postura que o mestre escolheu com muito sucesso ter. Com esse material ele estava dizendo - Eu comecei, agora façam o que eu faço.

1986
O artista pop Bill Sienkiewicz, que até então desenhava histórias padronizadas e vez ou outra mostrava o que era capaz de fazer com pincéis, aerógrafo e “colagem” nas capas de alguns títulos, recebe carta branca para criar a vontade em cima de um roteiro de Frank Miller chamado Elektra Assassina. Embora essa não fosse uma obra teórica, ela continha uma gritante instrução prática nas entrelinhas (ou nas sarjetas): Não existem limites! Como se estivesse respondendo ao chamado de Einser, Bill criou uma obra que ridiculariza todos os que a considerarem mais um gibi.

1993
É publicado o primeiro de uma série de livros que explica profundamente a narrativa gráfica, usando a própria narrativa gráfica como forma de exposição, em outras palavras, em metalinguagem. Em Desvendando os Quadrinhos, Scott McCloud abriu a mente de muita gente usando “mil” referências, inclusive citando os murais ancestrais egípcios para provar de uma vez por todas que a arte de contar histórias em quadros justapostos está mais ligado ao homem e sua história que ele pode imaginar.

Eu conheci algumas dessas obras somente muitos anos depois delas terem chegado ao público pela primeira vez. Porém, minha reação não deve ter sido menos eufórica daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-las antes.

Off Topic: The Europeans

27 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários
Semana do Quadrinho Nacional

Eles são: Moebius, Alan Moore, Neil Gaiman e Dave Mckean.

Das turminhas infantis, passando por super-heróis, chegando a personagem de literatura retratados por mestres pintores (gênero adulto?). Em quais novos caminhos eu seguiria desbravando o mundo da nona arte? Seria possível que existisse algo diferente de tudo isso? Como eu era ingênuo!

Em uma terra distante além dos oceanos, as categorias citadas acima representavam 2% de tudo o que se produzia referente a histórias em quadrinhos. O gênero das histórias eram um reflexo da personalidade do quadrinhista, que criava livremente sabendo que bastava fazer um trabalho bem feito que o mercado estaria de portas abertas. A liberdade permitiu que os criadores desenvolvessem tanto suas habilidades que essas tornaram-se super-habilidades, transformando eles próprios nos heróis dos quadrinhos... Bem, olhando melhor para eles, talvez seria melhor classifica-los como anti-heróis. Enfim, eles são os cosmic creators, The Europeans!!!


Dr. Moebius, cujo alter ego é Jean Giraud, é uma espécie de provedor de mundos fantásticos. Seus poderes permitem que ele sonhe coisas inimagináveis, impossíveis e indecifráveis. Com a capacidade de criar representações plásticas por meio de pinceladas atômicas =) ele abre canais na nossa realidade, levando o leitor por viagens transcendentais em “buracos de minhoca” até seus mundos intangíveis e translúcidos.


Lord Mur, munido de uma pena encantada, consegue como nenhum outro mortal, interagir na concepção da natureza das coisas, recriando-as, transpondo-as, decompondo-as, recombinado-as e transubstanciando-as. Pequenos cenários, personagens esquecidos e conceitos entediantes recebem novo fôlego vital em suas mãos e se expandem, ganhando novos atributos e desenvolvendo outros antes adormecidos.


Gai-Man, o super-herói etéreo, é um dos mais poderosos Europeans. Ele tem o poder de conjurar corpos físicos e formas orgânicas derivando-os de conceitos abstratos ou oníricos. Desejo, Delírio ou Desespero viram poderosos aliados sob seu comando quando ele bem quiser. Além disso ele conta com Livros de Magia e Cabal, um fiel cão branco como companheiro.


Mister Mckean, conhecido como o Alquimista Morfológico, é um ilusionista que pode alterar a visão da realidade, distorcendo-a ou modificando-a segundo seu próprio gosto. Assim ele pode dominar os seres, criando pesadelos lúcidos que os levam a experimentar sensações fantásticas. Em alguns momentos ele faz parceria com Gai-Man, unindo seus poderes para criar projeções ilusórias de proporções colossais.


Durante anos eles combatem sua aqui-inimiga, a Máquina-Monstro da Morte que estigmatiza o mercado de quadrinhos como “coisa de criança”.

Off Topic: A Era Hiboriana

26 de jan. de 2011 Postado por Fernando 2 comentários
Semana do Quadrinho Nacional

Eles são: Earl Norem, Roy Thomas, John Buscema e Alfredo Alcala

“Conan aprendeu que os chamados “civilizados” possuem um gênio apurado para declarar o óbvio. Todavia, o bárbaro é tolerante com essas idiossincrasias e faz tudo o que pode para ignorá-las, afinal de contas, a vida é por demais efêmera para que um homem se preocupe com suas insignificâncias. Na realidade a verdadeira batalha de hoje ainda está para ser travada e não será com os imbecis e mal-remunerados guardas de Zíngara, mas sim com o mar!”
- Michael Fleisher – O Templo da Criatura de Doze Olhos - A Espada Selvagem de Conan #69

Nas antigas HQs de super-heróis era quase um clichê ter na primeira página uma única imagem bem envolvente que iniciava a história. Se você entrasse em uma banca de jornal e abrisse qualquer título do gênero “heróis”, a chamada splash page certamente mostraria o personagem principal em uma pose triunfante. Talvez ele estaria voando, saltando ou enfrentando algum inimigo. Normalmente eram essas HQs que eu lia. Até que um dia caiu na minha mão uma revista “formato adulto” com o título Conan, o indomável. Era uma Graphic Marvel assinada por John Buscema e Roy Thomas. Em um pequeno quadro azul no canto inferior da capa, uma mensagem dizia: “A leitura divertida”. Eu pensei: “Parece promissor”.

Abri então na primeira página e tive uma grande surpresa. Eu não encontrei a famosa cena triunfal que esperava. No lugar dela, um homem bêbado com o rosto coberto estava sendo jogado de dentro de uma taverna na direção de uma sarjeta. Um dos rapazes que o atirou gritava: “Fora com você, cão!” =D Virando a página eu percebi que esse “cão” era o próprio Conan, o indomável. Depois disso ele permaneceu na sarjeta gemendo até que
um personagem de capa aproximou-se e o levantou com uma mão e o arremessou contra a parede, fazendo-o desmaiar. Quando ele acordou na manhã seguinte, foi surpreendido por um trombadinha que lhe roubou a bolsa de moedas. Ei, ei! Espera aí! Não era pra ele ser o herói? Mas adiante Conan se envolveria por acaso em um esquema de conspiração contra um Rei, levando-o a situações que eu jamais imaginaria, a julgar pelo começo da história. Isso foi surpreendente. Tão surpreendente que fui atrás de outros números da revista para acompanhar mais histórias como essas. Depois de conseguir algumas edições com o jornaleiro e outras nos sebos, eu olhei para a minha coleção de X-Men e decidi fazer uma coisa que mais tarde eu me arrependeria. Queria tanto ter outros números da revista do bárbaro, que peguei os X-Men, levei para o sebinho e troquei tudo por Conan. =P

Por que eu fiz isso? 4 Motivos.


1- Earl Norem: Uma diferença entre as revistas do Conan para as outras estava no formato, o dobro do tamanho. Era como comparar a capa de um CD com a arte de um disco de vinil. E as capas do Conan eram verdadeiras belas artes, ao contrário das capas comuns das outras Hqs, feitas na mesma qualidade da arte interna. Eram imagens realistas feitas por grandes pintores como Boris Vallejo, Joe Jusko e Frank Frazetta. Mas as capas que mais me impressionaram e caracterizavam com exatidão o “espírito Conan” eram as de Norem. Eram realistas mas não foto-realisticas. Transmitiam a essência do gênero “capa e espada” com toda riqueza de detalhes e beleza necessária.


2- Roy Thomas: Muitas histórias do cimério eram adaptações dos contos originais escritos por Robert E. Howard. Por isso o roteirista mantinha nas cenas quadros com a “voz do narrador”. Frases como aquela que eu anexei no começo estavam sempre presente conferindo mais drama e poesia à narrativa. Assim como outros escritores, Roy se valia de adjetivos rebuscados e monólogos internos para criar um ambiente imersivo no roteiro, passando uma impressão ao leitor de que ele estava lendo literatura. Aliás, um interessante paradoxo sobre as obras de Conan é que apesar dele ser um Bárbaro, suas histórias estão sempre cercadas de belos textos de teor lírico e filosófico. Não é de se estranhar que a primeira produção cinematográfica do personagem apresentou uma frase de
Friedrich
Nietzsche na abertura do filme.

3- John Buscema: Considerados por muitos como o melhor desenhista de anatomia das Hqs, John desenhou grande parte das histórias e certamente as principais, criando o esteriótipo que caracterizaria Conan para sempre. Olhar frio, nariz achatado, queixo quadrado e a clássica franjinha reta no cabelo preto escorrido. Sua arte fluía entre os quadros, criando sequências perfeitamente dinâmicas e emocionantes. Dias depois de ler as histórias eu tinha a impressão de tê-las assistido em um filme.


4- Alfredo Alcala:
Se tempos atrás eu me impressionara com os traços de Art Adams por lembrarem as gravures de Doré, quando eu vi pela primeira vez a arte-final de Alcala eu pensei com o queixo caído: “Isso existe”! Existem HQs ilustradas com a mesma maestria dos artistas clássicos. A tinta de Alcala sobre as formas de Buscema é o tipo de coisa que DEVERIA estar em um Louvre. Ainda hoje eu tenho as edições arte-finalizadas por ele separadas da coleção em um lugar especial onde eu me sento para desfrutar delas como um enófilo faria com um Château Haunt-Brion 1966. Confira um exemplo aqui.


Sem dúvida eu tinha feito ótimas aquisições comprando as “Espadas Selvagens de Conan”, mas pobres X-Men... mais um episódio de discriminação contra a raça mutante. =)

Off Topic: Geração X

25 de jan. de 2011 Postado por Fernando 2 comentários
Semana do Quadrinho Nacional


Anos atrás foi divulgada uma campanha publicitária com a citação de que a “geração X” foi a geração marcada com o “X” dos X-Men. Por que essa equipe de super-heróis foi tão marcante?


Ainda criança ou pré-adolescente eu deixei um pouco de lado os gibis infantis e conheci um povo chamado “marvetes”, um termo agora extinto para os leitores de HQs da editora Marvel Comics. Além da nomenclatura dos fãs, existia outra coisa esquisita no universo Marvel: o universo Marvel. Ao contrário da empresa concorrente, DC Comics que apresentava personagens esteticamente caracterizados como humanos, por exemplo: Batman, Super Homem e Mulher Maravilha, a Marvel oferecia um leque espantoso de seres “monstruosos” ou completamente mascarados como Hulk, Quarteto Fantástico, Namor e Homem-Aranha como seus personagens principais. Embora esses heróis tivessem grandes poderes e fossem incomuns por fora, também se diferenciavam dos adorados deuses intocáveis da DC por serem muito parecidos com pessoas comuns por dentro. Eles tinham evidentes fraquezas, problemas familiares, desvios de comportamento e inúmeras dificuldades sociais. E isso era o que mais atraia os fãs. Eu, por exemplo, não estava preocupado com o arqui-inimigo lilás de outra galáxia que viria para Terra atrás do Super Homem para resolver uma questão de vida ou morte, eu queria é saber se o Homem-Aranha conseguiria verba para pagar o aluguel atrasado e que piadinhas ele faria enquanto enfrentava os milhares de inimigos que o esperavam em cada esquina. Isso era diversão. =)


E outra: agora que eu não era mais inocente quanto a origem de uma HQ, eu sabia que por trás desses carismáticos personagens, existiam os criadores e os roteiristas que decidiam essas coisas. Logo, escolher o personagem pelo roteirista se tornou algo tão normal quanto escolher um filme na locadora pelo seu diretor. Foi nessa época que eu comecei a reparar no rodapé das páginas principais quando decidia que quadrinho eu leria. E foi também nessa fase que eu reparei um certo Chris Claremont que estava causando nas histórias dos X-Men.


Desde o começo, a criação dos mutantes pelo genial Stan Lee foi uma das maiores novidades nos quadrinhos de todos os tempos. Todas aquelas questões de preconceitos, conflitos, tentações e culpas que eles enfrentavam era um material que destoava de tudo o que existia no mercado, mesmo abordadas de forma sutil. Mas o Seu Chris deu mais peso aos roteiros e explorou bem o lado pessoal dos personagens e acho que agora vale a pena lembrar 3 títulos escritos por ele que marcaram um “X” na minha adolescência gibiqueira.


Graphic Novel #1 - O Conflito de uma raça

A história começava com duas crianças negras sendo perseguidas por um grupo de extermínio chamado Purificadores. Esses dois irmãozinhos (mutantes) foram encurralados, executados com tiros de revolver e pendurados nas correntes do balanço em um playground. O enredo era sobre a Cruzada Stryker, uma suposta entidade religiosa cujo líder, um reverendo, tinha como meta o extermínio dos mutantes. Eles sequestraram Dr. Xavier, o líder dos X-Men, e esses partiram para uma operação resgate. Religião, racismo, violência justificada por textos bíblicos, embates filosóficos morais entre os personagens. Até então eu nunca vira assuntos como esses nas páginas de uma HQ. Acho que foi a primeira vez que me senti adulto lendo gibi. =)


X-Men #45

Pra quem não conhece a X-Man Vampira, ela tem o incomum poder de sugar as memórias, força vital e poderes (caso os tenha) de todos os que a tocam. Tendo adquirido os poderes de uma outra heroína no passado, ela passou também a voar e ter superforça. Por outro lado, ela tem crises de identidade pois as suas memórias se misturam com as memórias de outras pessoas que ela “sugou” e sofre por não poder tocar ninguém, muito menos desenvolver um relacionamento amoroso. Interessante, né? Na história dessa edição ela e Wolverine desmaiam, vítimas de uma explosão e ambos acordam nus em uma base inimiga. Eles ficam furiosos e saem quebrando tudo, até que encontram um outro mutante que tem o poder de apagar temporariamente os poderes de quem se aproxima dele. Novamente Vampira é presa. Até aí tudo bem. A história prossegue em uma cena onde duas pessoas estão observando a heroína agachada e encolhida em posição fetal dentro de uma cela. Segue-se o diálogo: “Chefe, o que há de errado com essa garota”? A chefe responde: “... alguns dos meus oficiais a violentaram enquanto estava sendo processada...”. Eu me lembro que refleti um pouco sobre o que seria passar a vida toda desejando tocar alguém sem poder, e quando enfim é possível sentir um outro ser humano, ela experimenta o pior da humanidade. E essa foi a primeira vez que eu me emocionei com um personagem de gibi. Foi muito triste.


X-Men #22 e #23

Uma das idéias mais bem boladas das Hqs, ilustrada eximiamente em um estilo detalhista, a Saga dos X-Men e o Novos Mutantes em Asgard é na minha opinião a obra prima dessa X-equipe. Só pelo fato de ver as marginalizadas equipes mutantes em um confronto direto com os arrogantes deuses nórdicos (e se dando bem), já é motivo o suficiente para prestigiar a obra, mas o que mais me impactou foram os desenhos. Acostumado com as sombras largas e poucos detalhes da maioria dos desenhistas, contemplar aquela chuva ordenada de risquinhos por toda a página, e sem criar um aspecto “sujo”, foi tão espantoso pra mim como foi anos antes quando eu abri um exemplar da Divina Comédia e encontrei as gravuras de Gustave Doré. Eu me lembro que lotei dois cadernos de desenho inteiros copiando, copiando e copiando a arte de Arthur Adams. Quando eu terminei, comecei a adaptar outros personagens para aquele impressionate “estilo de tracinhos”. =)


Como é gostoso quando encontramos algo que nos toma. Sem dúvida as obras desses dois me acrescentaram algo além do lazer. Por dentro e por fora.

Off Topic: Turminhas

24 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários
Semana do Quadrinho Nacional


Desenhando esses dois mestres, eu me lembrei de uma época (não muito distante) quando os personagens dos quadrinhos eram reais. Eles tinham vida própria, família, sentimentos, pensamentos, e inclusive falavam. Assim como eu, eles passavam por problemas e tinham dúvidas e dilemas, mas também viviam aventuras em lugares onde eu jamais poderia ir e estavam com pessoas que eu também nunca poderia estar. Nessa época não existiam argumentistas, desenhistas ou letristas. Eu nunca pensava como o Pateta, os Metralhas ou o Cascão e o Astronauta iam parar nas páginas dos gibis. Quando eu abria aquelas folhas com cheiro de tinta gráfica (que pra mim era o aroma dos sonhos), eu simplesmente passava a viver outra vida como um espectador junto dos meus personagens favoritos. Mesmo antes de aprender a ler, eu já entendia detalhes da vida de alguns deles. Eu sabia que o Cascão não gostava de tomar banho e sabia que o Mickey gostava da Minnie. A Maga Patológica era uma pessoa má e o Penadinho, apesar de ser um fantasma, era gente fina. O Professor Pardal era o cara mais sortudo do mundo, porque ele podia inventar qualquer coisa e tinha o incrível Lampadinha como assistente, coisa que eu sempre quis ter. =)

Depois de um tempo, já “letrado” e também elucidado, eu descobri certas verdades ocultas sobre o fantástico mundo dos cartuns que eu tanto gostava. Primeiro foi que eu soube que todos esses personagens foram criados e desenhados por homens. Aaaaah, que desilusão! =( Depois que o meu mundo de fantasia foi descolorido, ele foi partido ao meio. Soube também da diferença que existia entre a Turma da Mônica e a Disneylândia. Uma turma era brasileira, a outra era americana, escrita em outra língua e depois traduzida para o português. Uau! Mouse não era o sobrenome do Mickey, significava “rato”. Depois de todas essas revelações, eu passei a criar critérios comparativos para analisar as características distinguíveis entre as duas obras. Eu percebi que gostava mais de ler a Turma da Mônica, porque as histórias eram mais bonitas (cores vivas, imagens limpas e figuras grandes) e os personagens se pareciam comigo, por outro lado as estórias da Disney “viajavam” mais na fantasia e apresentavam cenários mais criativos e elaborados, com elementos lúdicos ou focados na vida adulta de alguns personagens. Os dois foram de igual importância para satisfazer minhas necessidades de lazer.


Agora eu sou gente grande, e devo admitir que esse lazer nunca mais foi o mesmo. Me pego contando os quadros das páginas, avaliando fluência da narrativa, percebendo a mancha de tinta que “sangrou” para fora do quadro ou admirando - “Puxa! Esse arte-finalista é nota 10” - sem perceber o solitário Horácio desenhado lá dentro do quadrinho, talvez olhando pra mim e também me avaliando - “Esse leitor é nota ZERO”.


Ah, sim. A grande questão. Com qual gibi eu aprendi a ler? Disney, Mônica ou oquê? No meu caso foi Disney. Foi com um gibi de capa vermelha do Pato Donald que eu comecei a juntar as letrinhas e passei a entender ainda mais as tramas e assim, claro, gostar ainda mais de HQs.


E você? Qual foi? =)

Off Topic: Dia do Quadrinho Nacional

22 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários

No próximo 30 de Janeiro será comemorado o Dia do Quadrinho Nacional. Devido uma iniciativa da Associação dos Quadrinhistas e Caricaturistas do Estado de São Paulo, desde 1984 esse dia é lembrado por ser essa a data da primeira publicação de uma História em Quadrinhos em solo Brasileiro, feita pelo artista Ângelo Agostini no ano de 1869.


Como fã de quadrinhos que sou, é claro que eu não poderia deixar esse evento passar em branco. A princípio eu planejei uma semana temática onde tentaria toonar os principais talentos brasileiros que estão fazendo história tanto no cenário nacional como no internacional e os artistas já históricos que desenharam e escreveram muitas histórias que eu li quando criança nas dezenas de publicações nacionais. Pesquisando sobre esse pessoal eu encontrei certa dificuldade para completar a idéia por não conseguir encontrar todos os seus rostinhos na internet. A maioria dos autores que procurei eu não encontrei fotos nítidas que me ajudassem a fazer uma retratação fiel e em alguns casos, eu não encontrei foto alguma. =(


Para que minha homenagem não fosse por água abaixo eu precisei mudar meus planos. =)
Considerando que grande parte do material lançado no mercado nacional é de autoria estrangeira (inclusive, acho que 91% de todos as HQs que eu li na infância e na adolescência são dessa natureza), resolvi então relembrar os principais autores que me levaram a apreciar a arte de contar histórias em quadros sequenciais. Farei dessa data uma recordação pessoal das personalidades responsáveis pelos divertidos momentos que eu passei lendo quadrinhos. O foco então será mudado, de uma escolha dos historicamente mais significativos para os que foram os mais influentes para mim quanto um fã de quadrinhos. Aproveitado, eu toonarei algumas personalidades já sugeridas por leitores do blog.

Outra coisa: Como é muita gente, vou usar os 7 dias da semana. Então, de segunda-feira, dia 24 à domingo, dia 30, Semana Temática do Dia do Quadrinho Nacional.


Bom fim de semana! ;)


Fonte: quadrinho.com

Frida Kahlo

21 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários
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O PROCESSO

Emir Jaber al-Ahmad al-Sabah

20 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários
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Em 1962, o xeique Jaber foi nomeado primeiro ministro do Kuwait, das Finanças e da Economia e em 1977 ele foi nomeado emir do Kuwait após a morte de seu tio, Emir Sabah III.

Durante seu governo, Jaber presenciou vários conflitos, incluindo a guerra Iran-Iraque de 1980-88. Ele sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 1985 por um extremista muçulmano xiita, que o levou a reduzir suas aparições públicas. Em agosto de 1990, ele foi forçado a fugir para a Arábia Saudita após a invasão iraquiana do Kuwait. Lá, ele estabeleceu um governo, retornando ao Kuwait em março 1991 após uma campanha militar internacional que expulsou as forças iraquianas.

O governo de Jaber foi notável por seu sucesso na concessão de emancipação política das mulheres. Ele propôs que uma alteração à Lei Eleitoral do Kuwait em 1999, permitindo que as mulheres pudessem votar ou se candidatar em cargos governamentais. Mas o projeto foi rejeitado pela Assembleia Nacional conservadora e não foi aprovado até 2005.

Apesar de sua riqueza, Jaber foi considerado uma pessoa simples que evitava ostentação. Seu palácio foi descrito como um lugar espaçoso mas comum, e pão e iogurte eram comidas satisfatórias na maioria das suas refeições. O Kuwaitianos descrevem-o como um "pai bondoso" que cuidava deles e deu-lhes o que precisavam. O presidente dos UAE, xeqiue Khalifa, descreveu-o como "um proeminente líder que dedicou sua vida para o serviço e o bem-estar de seu país e das nações árabes e muçulmanas."

Em 2006, com 79 anos, ele faleceu vítima de uma hemorragia cerebral, deixando mais de 40 filhos.


Giselle Salandy

19 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários
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Giselle não foi apenas a maior boxeadora de Trindade e Tobago. Segundo a Boxrec ela é a maior boxeadora feminina de todos os tempos em sua categoria. Em suas 17 lutas ela nunca foi derrotada. Giselle entrou para história também por ter ganho todos os 8 títulos possíveis (WBC, WBA, WBE, WIBA, IWBF, WIBF, GBU e UBC) e ter defendido sucessivamente os seus 6 títulos mundiais.

Infelizmente, em 4 de Janeiro de 2009 a boxeadora sofreu um acidente de carro e veio a falecer com apenas 21 anos de idade.

Fonte: wban.org

Yanni

18 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários
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Dizem alguns escritores que um dos principais desafios de um autor é a comunicação. Além da gramática, do estilo e de um vocabulário inesgotável, a capacidade de tornar uma idéia, personagem ou situação clara e facilmente compreensível para todos os leitores é a perícia que o torna completo. No ramo da música é quase a mesma coisa, principalmente nos instrumentais por esses não contarem com letra para expressar a mensagem da obra. Nessa área, os autores que abusam da erudição acabam sendo cultuados apenas por músicos em detrimento do público leigo, carente por algo “fácil” para ouvir em ambientes sociais.

Dono de um estilo acessível e emocionante, o grego Yiannis Chrysomallis criou uma legião de fãs por todo mundo executando composições que transmitem aos interessados por instrumentais o que eles quase sempre esperam – beleza.


Quando criança, Yanni decidiu tocar teclado porque queria ouvir de um instrumento as músicas que ele imaginava em sua mente. Optando também por formação autodidata, ele manteve viva a originalidade e simplicidade de suas melodias, coisa que o destacou não apenas como astro musical mas também como compositor de jingles/trilhas sonoras, músico de estúdio e produtor.


Uma das principais marcas de sua carreira foi quando ele se tornou o primeiro artista ocidental a se apresentar no Taj Mahal (Índia) e na Cidade Proibida (China). Ambos excepcionais espetáculos podem ser conferidos no DVD Tribute.


Abaixo uma belíssima cena de um show em frente a Acrópole, em seu país natal.




Curiosidades: Por conta de ser autodidata, ele nunca aprendeu a ler partituras. Até hoje, depois de quase 20 anos de carreira, seu método de composição é o mesmo de quando ele tinha 6 anos de idade. Ao contrário do rótulo "New Age" que a indústria musical colocou em seu trabalho, Yanni luta para que seu estilo seja reconhecido como Instrumental Contemporâneo.

Fontes: yanni.com , hellenism.net

Pauley Perrette - como Abby

17 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários
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Atriz Americana conhecida por interpretar desde 2003 a estilosa cientista forense Abby Sciuto na série NCIS.

Maria Betânia

14 de jan. de 2011 Postado por Fernando 2 comentários
Sugerido pelo usuário Tonho
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O PROCESSO

Milan Kundera

13 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários
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"A armadilha do ódio é que ele nos prende muito intimamente ao adversário"
- Milan Kundera

“O homem pode por fim à sua vida, mas não à sua imortalidade.”

- Milan Kundera

Escritor Tcheco autor do popular romance “A Insustentável Leveza do Ser”, adaptado para o cinema em 1988.

Antes de tornar-se novelista, Kundera foi membro do partido comunista (e expulso dele duas vezes), assistente de professor e tradutor. Apesar de ter publicado poemas e contos durante os anos 50 e 60, seu primeiro romance saiu em 1967. “A Brincadeira” era um livro político que satirizava o Stalinismo, no entanto, durante a invasão soviética em 1968, suas obras foram banidas das livrarias e proibidas de serem publicadas. Devido suas tendências políticas, o escritor também perdeu sua cidadania na Tchecoslováquia em 1979, mas foi adotado pela França em 1981, onde escreveu suas maiores obras e lá vive até hoje.

Kundera também é músico de jazz e estudou musicologia na Prague’s Charles University. Apesar de não ter seguido a carreira, ele sempre faz referências em suas obras, chegando a incluir notas musicais nos textos.


Fontes: kundera.de, wikipedia.org

Che Guevara

12 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários
Sugerido pelo usuário Douglas
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Morena Baccarin - como Anna

11 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários
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Na última semana de 2010 a revista norte-americana Entertainment Weekly divulgou o resultado da eleição das 30 celebridades mais sensuais do ano. Nessa lista que não tem colocação classificatória, constam nomes como Eva Mendes, Robert Pattinson e Katy Perry. O motivo do destaque dessa galeria na mídia brasileira foi a presença da atriz Morena Baccarin dentro dessa seleção.

Nascida no Rio de Janeiro em 1979, filha da famosíssima Vera Setta (O Vampiro de Copacabana , Monólogos da Vagina), Morena mudou-se com sua família para os EUA aos 10 anos de idade e, morando em Nova York, frequentou a LaGuardia High School of Music and Performing Arts. Lá ela estudou teatro e estrelou diversas peças. Anos mais tarde, quando passou a viver em Los Angeles, ela envolveu-se com o cinema e passou a trabalhar em filmes e séries televisivas como Stargate, The O.C. e Justice League interpretando a heroína Canário Negro.

Em 2002 ela ganhou o prêmio de “Melhor Atriz” no Wine Country Film Festival pelo papel de Rebecca no filme Way Off Broadway. Atualmente ela é Anna, a lagarta alienígena em pele de humana na regravação da série “V” pelo canal ABC. Aqui no Brasil, a versão original dessa série foi chamada de “V – A Batalha Final” e foi transmitida nos anos 80 pelo SBT.

Fontes: msn.com, morena-baccarin.org, meucinemabrasileiro.com.br

Off Topic: Blackmore's Night

10 de jan. de 2011 Postado por Fernando 3 comentários
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Por mais que alguém possa considerar as raízes africanas, portuguesas ou mesmo as indígenas como fonte original da cultura brasileira, não há dúvidas que temos um pedacinho de todo o mundo aqui. Não apenas grupos étnicos que ocupam certas regiões, mas costumes, dialetos, crenças e inúmeras tradições que, apesar de virem de fora, hoje são brasileiras sim e tornaram nosso país um montanha multi faceada esculpida por cada imigrante durante os séculos.

Na minha opinião, uma parte preciosa da história cultural do país foi sepultada nas reservas indígenas. Infelizmente perdemos um tesouro nacional quando decidimos exterminar e apartar esses erroneamente estigmatizados “primitivos” da nossa sociedade. Por outro lado se realmente pesquisarmos dados sobre a nossa história cultural popular (tal como ela é) antes do século XVI, se não formos pra África, cairemos diretamente na Europa medieval. Um exemplo. Qual o instrumento musical brasileiro mais tocado hoje em dia? Não tenho dados que comprovem isso, mas diria que é o violão. Além de ser ele o elemento mais característico da MPB, ele está em todo lugar. E de onde ele veio? Onde enfim eu quero chegar.

Eu penso que ao se falar em Europa medieval ou renascentista, estamos falando em parte da idade história da nossa própria cultura. Eu poderia citar diversos exemplos sobre como certas invenções ou costumes da terra dos reis, princesas e cavaleiros influenciam diretamente a forma como vivemos hoje e não acho que essa compreensão seja original, muito menos equivocada.

É com esse espírito que busquei nessa postagem um conjunto musical formado em 1997 cuja principal característica é o resgate do estilo das canções renascentistas européias com seus trajes feudais e poesia campestre. Liderado por Ritchie Blackmore (ex- Deep Purple e Rainbow) e sua esposa Candice Night, o fantástico Blackmore´s Night é talvez uma das mais conhecidas bandas que misturam a musicalidade folk européia e seus instrumentos típicos como mandolins, gaitas de fole e requintas com a tecnologia contemporânea dos amplificadores e das guitarras Fender. Melhor do que descrever, é ouví-los. Confira abaixo uma canção que traz de forma bem evidente essa fusão entre o folclórico e o contemporâneo.

Off Topic: Novas!!!

8 de jan. de 2011 Postado por Fernando 0 comentários

Voltando da hibernação, recomeço na próxima segunda-feira as postagens diárias. Estive conversando e expondo esse projeto à crítica e percebi coisinhas que poderiam melhorar... e as fiz.

Eu estava sub-utilizando a janela “Labels” aqui do lado. Agora as personalidades estão separadas por temas. Algumas delas que atuam em mais de segmento ficarão naquele em que elas mais se destacaram. Acho que essa classificação pode ser útil pra evitar que eu seja tendencioso.... e como estou sendo com a música. =)

Um amigo me perguntou se as informações da página “Sobre” eram suficientes para explicar o que o blog é, já que elas foram escritas antes que eu começasse a postar dados sobre as personalidades. No começo eu só postava a imagem, sem dizer nada sobre quem era a personalidade. Agora que eu estou informando e citando quotas e tal, acho que a antiga descrição realmente não estava sendo suficiente para comunicar do que se trata esse blog. Então resolvi editar as informações da página “Sobre” e deixar o mais claro possível o significado do critério “indiscriminação” e todos seus pormenores práticos nas postagens. Tomei essa medida porque eu tenho toonado pessoas que se tornaram famosas mundialmente por atos indiscutivelmente desonrosos, por exemplo, imposição de regimes comunistas e espionagem. Futuramente entrarão líderes de diversas seitas genocidas e filosofias minoritárias, assim como conhecidos criminosos e os assim chamados vilões históricos. Se o meu critério de indiscriminação não estiver claro pra você, creio que eu posso ser interpretado como simpatizante de alguns desses atos ou pensamentos por estar apenas descrevendo-os sem ataca-los. Então, por favor, leia a página “Sobre” porque quando eu toonar algum toureiro famoso, você que me conhece não pensará que eu enlouqueci.

Obs: Deteeeeesto as touradas, mas não desejo mal algum ao toureiro. Só mais uma pessoa.

Outra mudança é que eu estava misturando um pouquinho os gêneros de conteúdo dos textos. Alguns pendiam para informações biográficas, outros tinham teor humorístico e outros carregavam minha opinião sobre algo que se referia a pessoa – geralmente o lado positivo. Concordei com o que me disseram. Isso pode gerar certas confusões pois não dá pra saber quando eu estou falando sério ou brincando fantasiosamente, como no caso da postagem do Sílvio Santos em que eu disse: “Silvio me tornou uma pessoa melhor, especificadamente, mais paciente. Eu desenvolvi essa virtude enquanto esperava sentado em frente a televisão... ”. Isso foi invenção minha. Não aconteceu, como também eu nem acredito que existam “pessoas melhores”, e muito menos que elas possam se tornar assim assistindo televisão. =D Apenas uma interpretação cômica e fictícia do “mundo de sonhos” do SBT. Acho que esta postagem não estaria em falta alguma se continuasse exatamente como está, mas classificada como off-topic. A mudança é que seguirei estritamente o protocolo do projeto de Segunda à Sexta, deixando minhas “observações de gosto duvidoso” sobre personagens e derivados apenas em “off-topics”, como foi no caso do Menino Selvagem. Certo? ;)

Sobre as fontes. Parte das informações que eu coleto para escrever as postagens vem da Wikipédia. Apesar dela ser hoje um dos maiores bancos de dados online, esse site tem uma fama negativa por ser abastecido pelos usuários. De fato, algumas fichas da Wikipédia podem soar suspeitas. Mas eu tenho visto que grande parte delas mostram referências de fontes seguras donde vieram as informações, e eu sempre checo isso. A mudança que farei será citar exatamente o link da página onde puxei as informações. Eu acho que todas possíveis dúvidas sobre a origem do conteúdo da minha postagem podem ser resolvidas assim. Inclusive, eu acho que esse é um assunto sério. Principalmente por estarmos falando de celebridades. Na semana passada mesmo eu li no jornal que uma famosa cantora americana estava sendo processada por escrever afirmações caluniosas e difamatórias no Twitter. Sair por aí dizendo qualquer coisa sem ter provas é coisa grave. Eu hein! ;)

Bom! É isso aí! Estou sempre trabalhando para que sua visita aqui seja cada vez mais agradável. Seja comentando as postagens, enviando-me e-mais ou falando pessoalmente, suas opiniões e críticas sobre o projeto são sempre bem vindas. Fique a vontade! Uma vez eu ouvi certo autor espirituoso dizer algo assim: “Pessoas inteligentes falam sobre idéias. Pessoas normais falam sobre coisas. Pessoas medíocres falam sobre pessoas”. O Toonadas não é um projeto sobre idéias ou coisas que as pessoas fazem, mas sobre pessoas... com suas idéias e coisas. E discordando da idéia desse autor, eu acho que podemos falar de pessoas sem “baixar o nível”.

Te desejo um 2011 com boas idéias, boas coisas e muitas pessoas.

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