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"Sertões onde nunca pisou homem civilizado já figuram nos registos públicos como pertencentes aos cidadãos A ou B; mais tarde ou mais cedo, conforme lhes soprar o vento dos interesses pessoais, esses proprietários expelirão dali os índios que, por uma inversão monstruosa dos fatos, da razão e da moral, serão então considerados e tratados como se fossem eles os intrusos salteadores e ladrões."
- Cândido Rondon
Cândido Mariano da Silva Rondon era Mato-grossense, descendente de índios Terena, Borôro e Guaná. Em 1881, por volta dos 16 anos, ele ingressou no exército e nove anos depois graduou-se como bacharel em Matemática e em Ciências Físicas e Naturais. Como chefe da Comissão de Construção das Linhas Telegráficas do Mato Grosso, ele foi encarregado de instalar milhares de quilômetros de linhas pelo interior do Brasil. Durante esse processo ele fez levantamentos cartográficos, topográficos, zoológicos, botânicos, etnográficos e lingüísticos da região alcançada pelo trabalho. Essas contribuições científicas lhe rendeu várias condecorações no Brasil e no exterior.
Seguindo por territórios fechados do interior brasileiro, as instalações teriam que cruzar o território do seu próprio povo, os índios Borôro que, devido a um histórico de massacres pelos homens brancos, ofereciam resistência ao progresso do telégrafo. Nesse contato, movido pelos seus ideais positivistas que aprendera com seu professor Benjamim Constant e pela causa indígena, ao invés de dizimar, Rondon iniciou uma ação de integração pacífica do índio à sociedade brasileira. Como ele sempre dizia: “Morrer, se preciso for; matar, nunca”.
Entre seus feitos, ele demarcou as terras indígenas, fundou escolas e garantiu serviço a muitos indígenas nas obras do telégrafo; configurou um corpo de normas e técnicas de pacificação e assim, ele "pacificou" diversas tribos consideradas hostis; assumiu a presidência do recém-criado Conselho Nacional de Proteção ao Índio; publicou o livro Índios do Brasil, em três volumes, editado pelo Ministério da Agricultura; em 1952, Rondon apresentou ao Presidente Getúlio Vargas o projeto de criação do Parque do Xingú e participou da criação do Museu do Índio.
O Território Federal antes chamado Guaporé recebeu o nome de Rondônia em sua homenagem e hoje , o Marechal é conhecido como o Pai dos Índios Brasileiros.
Fontes: vidaslusofonas.pt, funai.gov.br, museudoindio.org.br
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