"Primeiro você tem que aprender a encará-las como suas próprias filhas. Você sentirá doer mas em seguida, sentirá também em você força interior para protegê-las."
- Anuradha Koirala
Anuradha é presidente e fundadora da Maiti Nepal, uma organização cuja missão é ajudar as vítimas da exploração sexual no Nepal. Nesse país existe um forte mercado de prostituição que escraviza garotas desde a infância, submetendo-as à serviços sexuais diários. Essas jovens, a maioria adolescentes, são mantidas em cárcere dentro do prostíbulo, mal alimentadas e sem qualquer contato social externo. Em alguns casos, desde os 7 anos de idade já são forçadas a acordar as 2:00 da manhã, se maquiar e ter relações sexuais com 25 à 60 homens por dia. Além disso, elas são torturadas, queimadas, feridas e obrigadas a abortarem, conta Anuradha em uma entrevista à HARVARD GAZETTE. Em 1994 as estimativas eram que 1,600 meninas estavam envolvidas no comércio sexual. Segundo a Maiti Nepal, hoje esse número aumentou 100 vezes mais.
Contra esse movimento, Anuradha tenta resgatar essas vítimas (muitas delas vendidas pelos seus próprios pais), tratar de seus traumas físicos e mentais, educá-las e reinserí-las na sociedade. Ela começou esse trabalho em sua própria casa sem qualquer apoio, simplesmente levando as meninas para lá e cuidando delas. Hoje, quase 20 anos mais tarde, 12,000 garotas já foram resgatadas e reabilitadas, algumas delas inclusive trabalhando no instituto, que conta com escola e hospital próprio. A luta de Anuradha é mais do que severa. Além do trabalho de resgatar, cuidar e manter essas meninas, e grande parte delas infectadas com HIV, ela enfrenta os "homens invisíveis" por trás desse mercado negro, os quais contam com conexões nos altos níveis da sociedade.
Atualmente, Anuradha Koirala está concorrendo ao prêmio CNN Heroe 2010. Nesse link você pode acessar ao site do evento e conhecer também os outros 9 concorrentes. Nesse link, também da CNN, um vídeo especial sobre o trabalho de Anuradha.
Abaixo um trecho do documentário Heroes of HIV onde é mostrado um pouco do trabalho da Maiti Nepal.
Fontes: www.news.harvard.edu, edition.cnn.com, www.nepalvista.com
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